A Ary Dos Santos
Até quando este rasgo
De loucura
Entre a penumbra da vitória
E a lucidez
Do Caos?
Trago musgo de séculos
Sem freio entre os dentes
Do descalabro
Anunciando
O circo da Verdade!
Até quando esta Nação
Feita pão amassado
Por tantos gritos desperta
Por idolatria subjugada!?
Até quando
Permanecerei seara abandonada
E invocarei teu nome Poeta,
E tuas palavras serão
As que eu não disse
Porém grito contigo:
“Poeta Castrado, Não!”*
Nação Castrada, Não!
(*Ary Dos Santos)
© Célia Moura
(Ilustração – Foto “Google”)