Quando te deitares comigo
não pises as camélias
que trago no olhar
e me afagam a púbis
neste vale encantado
de luxúria
entre lençóis,
nem beijes a nudez
do meu silêncio.
É tarde meu amor,
tão tarde.
Peço-te
que teu cálice transborde,
enlouquecidamente
a saudade
que me morde as entranhas,
enquanto eu…
…eu apenas trago corais nos sentidos
e asas nos pés.
© Célia Moura – in “No Hálito De Afrodite” (p. 9), Out./2018
(Juan Carlos Manjarrez Painting)
Fabuloso poema, esse erotismo latente conquista cada leitor…
Lindíssimo e o vídeo também… a ternura nunca deve faltar numa relação. Abrs
Parabéns pelo belo texto.
Asas nos pés?…
A continuação do meu comentário é a minha postagem do dia 12.