Chamo-te hoje,
Porque pensar-te
É a lâmina mais feroz.
Êxtase de te revelar segredos,
E te acolher no ventre, ó vagabundo,
Entre o pranto e o anoitecer,
Estremecendo vagas de solidão em aguaceiros de poesia.
Ó desconhecido de todos os desalentos,
Escancarando vida no umbral da porta,
Imaginei-te somente!
E, guardiã da tristeza intrínseca,
Baptizei-te alento,
Prenúncio de temporal.
Grito-te ainda,
Porque o silêncio a bailar entre risonhos girassóis,
É o tempo mais sublime,
Ânsia de ansiar
Nossos corpos esculpidos
Num sopro de infinito.
© Célia Moura – in “Jardins Do Exílio” (p. 64) – 2003; in “Enquanto Sangram As Rosas…” (p. 51), 2010
Um beijo.
Olá, boa tarde.
Não tem que agradecer. 😉 Continuação de um bom dia.
Boa tarde Paulo Vasco.
Muito obrigada.
Lindo!
Obrigada Getulio, obrigada à “Fonte da arte”.
Um abraço.
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