Poema de © Célia Moura – dito pela própria
VIDEO © 2012-2020 LP (LProductions – Todos os Direitos Reservados / All Rights Reserved)
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Então, queres ser um escritor? – Charles Bukowski – dito por Célia Moura
Então queres ser um escritor?
Porque o semblante das rosas
é cântico
que enaltece meus seios apaixonados de Outono
permito-me a todas as ousadias
levando-te comigo
até aos alicerces da casa branca.
Quero rir contigo mais uma e outra vez,
sem cessar,
quero desejar-te nos locais mais incautos Continuar a ler
Confesso que te amo,
sempre te amei
mesmo que nada te consiga dizer
pois emudeceste-me até à foz.
Ainda que não te suporte
e faça renascer cardos,
sou como o rio que te acaricia os pés
e o caminho. Continuar a ler
Em terra de hienas a tua integridade será possivelmente tua maior condenação. Continuar a ler
Esta foi a catarse gerada
no silêncio uterino da dor.
A mais violenta
e a mais pura
eternizando gratidão
nos seios de Afrodite.
A catarse que edificou todos os estilhaços
que meu próprio luto de mim se humilhou.
Esta foi a catarse gerada
que fez do pranto a paixão parida
no sangue das palavras e da cegueira Continuar a ler
O palco da vida pode ser um tremendo show!
Basta entrares na cena certa, fazeres o que te compete com alma, generosidade e gratidão, mas o mais importante, contracenares com pessoas de boa índole. Continuar a ler
Mão Na Mão
Conheço demasiadas pessoas que não dizem o que sentem, umas por não conseguirem expressar seus sentimentos, outras por orgulho e também existe quem não sinta, isto é, não sinta nada de bom em relação à vida, ao próximo e até a si próprio.
Todos os dias temos oportunidade de dizer que amamos, todos os dias temos hipótese de demonstrar de algum modo, Amor, no entanto vamos adiando como se “tivéssemos todo o tempo do mundo”, mas não temos. Continuar a ler
Eu sou a Tristeza,
a suburbana.
Condenada ao exílio
de todos os exílios inimagináveis
sinto-me viva.
Sou a prostituta mais doce
e a infame mais cruel
nesta virgindade de poetas. Continuar a ler
Atitude
Não importa o que esteja passando em sua vida, quanto dinheiro possua na carteira ou como vai a sua saúde.
Não importa quanta injustiça lhe têm causado, nem mesmo as difamações, humilhações pelas quais ao longo dos anos você poderá ter passado. Continuar a ler
Enquanto a chuva cai feroz na vidraça
do quarto
dou por mim sorrindo como a criança feliz
dançando ao redor do Chafariz do Largo.
E, enquanto saboreio o som dos trovões
recordo minha avó rezando,
todas as mulheres da casa naquela ladainha
que jamais saberei.
A avó enxotando as cabras,
refugiando as galinhas
por causa das raposas…
e eu, provavelmente lendo Torga. Continuar a ler
Dorme menina linda,
dorme
pois no sono jamais sentirás ausências
e para sempre sorrirás
como uma criança.
Dorme meu amor,
dorme Continuar a ler
A Flor e o Asco
Decerto hei-de escrever
a forma como me matarás,
até lá brincarei com as açucenas
que abominas
e peço perdão ao Infinito
por todos os que riram desta lama,
desta incomesurável dor
desde as ilhargas até ao peito. Continuar a ler
Que a hera se entrelace,
me trespasse e asfixie
todos os sonhos de menina!
Que tua boca em mim seja
delírio e abandono
e que entres em mim
liberto,
que me penetres como se me amasses,
como se me matasses
até meu corpo não suportar mais prazer
porque sou como a hera que se dá Continuar a ler
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(*) Ely Vieitez Lisboa – Escritora, Poetisa, Crítica Literária Continuar a ler
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Poema de Célia Moura – dito pela própria
Lancei ao mar todas as memórias de ti.
Para que as quero eu guardadas como preciosas pérolas, se me permaneces no ventre… Continuar a ler
Esvoaço em ti
Como escarpa num abismo
E por tuas mãos me dispo
Qual silêncio repousando
No teu olhar divino,
Enquanto uma criança
Me sorri Continuar a ler
Art/e (c) Fabian Perez painting
Num Bar
Hei-de esperar-te num bar
num qualquer
após ter feito amor
com as causas que julgara perdidas…
E aí, que me importa o burburinho das alheias vozes
as histéricas gargalhadas lançadas
como setas contra as livres andorinhas? Continuar a ler
Art/e (c) Antoine de Villiers Painting
Menino Homem
Vem meu menino homem,
Que te quero
Como a água cristalina das fontes
Em tarde abrasadora de Verão.
Vem, meu menino de cabelo branco
Te aconchegar nos meus seios
A transbordar mel de flores
E sussurrar passarinhos Continuar a ler
MORTALHA NUPCIAL
Quero um adorno excelso,
Porém singelo,
Minha mortalha quero-a cristalina como a água
De um riacho…
E se me permitirem a submissão aos vossos costumes,
Tão banais, Continuar a ler
VÉUS
Este barco à vela, navegando
defronte à magnificência Divina,
vestindo frágeis encantamentos
num cais incerto,
são inércias cuspindo fogo
ao inerte ventre das estátuas nuas
namorando antigos candelabros. Continuar a ler