VIDEO © 2012-2020 LP (LProductions – Todos os Direitos Reservados / All Rights Reserved)
Poema de Célia Moura – dito pela própria
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Poema de Célia Moura – dito pela própria
Esvoaço em ti
Como escarpa num abismo
E por tuas mãos me dispo
Qual silêncio repousando
No teu olhar divino,
Enquanto uma criança
Me sorri Continuar a ler
Art/e (c) Antoine de Villiers Painting
Menino Homem
Vem meu menino homem,
Que te quero
Como a água cristalina das fontes
Em tarde abrasadora de Verão.
Vem, meu menino de cabelo branco
Te aconchegar nos meus seios
A transbordar mel de flores
E sussurrar passarinhos Continuar a ler
Instante de Mim
Este infinito que me namora
ao qual vou piscando o olho
qual pirilampo
virá rasgar-me de lés a lés
no êxtase e no abandono
de todos os meus despojos. Continuar a ler
Promessa
E quando finalmente meu corpo
Em Primavera florescer
Para ti
Sequioso de vida
E minhas pernas queimarem o feitiço
Dormente dos teus flancos
Como uma tenaz em brasa Continuar a ler
Que tuas mãos sejam
o lume que me invade as coxas
e os sentidos.
Que eu seja a pele e a loucura
brincando entre os cabelos
dessa tua lucidez
amado!
Que para sempre nos percamos
no fluído dos corpos Continuar a ler
AMADA
Um dia
Hei-de tecer meus dedos entre
Teus cabelos
Mulher amada
Saborear essa tristeza
No meu cachimbo de água,
Embriagar-me de incenso
Nos teus ombros de cetim
E sem saber quem és
Ou quem sou Continuar a ler
Diz.
Diz que me queres
e eu serei plena metamorfose
libertando éguas no dorso das colinas… Continuar a ler
Em ti
Flutuo na melancolia dos teus olhos
simplesmente
suavemente
agarro entre as pernas
como um bisturi
esse teu cansaço
só para que renasças
hera
na pele do meu corpo
e creio em todos os bolbos de tulipas
que plantei
na casa de outrora, Continuar a ler
Nada restou de ti
Senão o eco dolorido dos teus passos
Pelo antigo soalho,
E é tanto (meu) amor
Que essa profana que em mim habita
Sai rua fora
Incendiada de instantes Continuar a ler
(c) “Google”
Anseio famintos
Os teus lábios
Quando minhas pérolas
Já rolam pelo mármore
E aquela música insiste
Em saborear rosas
Nesta vertigem dos corpos Continuar a ler
CANSAÇO
No êxtase do anoitecer
te recolhes em mim.
Debatem-se asas
na gaiola dos meus pés.
Reabro-me
a despertar fagulhas
ao escarlate sussurro Continuar a ler
É nesta exaustão
De nada
Pleno de cio e desalento
Que te oferto
Minhas sôfregas mãos
De Grito,
Primavera dos sentidos,
Sangue novo de amantes
E madrugadas concebidas
Em transe
De utopia
Licor
Xadrez, Continuar a ler
São minhas as mãos que não sentes
Que te afagam o rosto
Em suave brisa
Entrelaçando vida nos teus cabelos
Pelas madrugadas
Num vértice de loucura
Que verte a paixão concedida
Dilacerada
Aos amantes exilados. Continuar a ler
Visto-me de silêncio
Perante
O teu olhar cativo
Lânguido de madrugadas
Para saborear
Esse odor de pele
Que rasga de mim
Qualquer memória
E me oferto plena
Ao êxtase
Incendido em teus braços
Num jubiloso tango
Rubro de pétalas e licor… Continuar a ler
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Um belíssimo trabalho de vídeo elaborado há quatro anos, aquando da minha participação na Antologia Erótica “Asas De Amor”, que tal como tantos outros trabalhos me deu imenso prazer.
Alguns dos poemas do livro “No Hálito De Afrodite” estão aqui para todos nós.
Art/e (c) Fabian Perez Painting
No teu sémen
Faz-me vir de novo
orquídea,
girassol,
deserto
ou todas as palavras
que nunca ousaram
os poemas
para ti
paridos! Continuar a ler
Art/e (c) Monika Luniak painting
Se Eu Fosse o Teu Poema
Ah se eu fosse poema
Haveria de te degustar amada minha
Inteira tal como um trago de aguardente bem velhinha,
Sugar teus poros como aquele que se excita
Na prostituta mais imunda torneando a estrada
Como se torneasse teus mamilos
E ainda que viessem ninfas e
Orquídeas pelo meu sexo acima
Que me importaria!
Que teu corpo fervilhasse sevilhanas Continuar a ler
Sei da carícia das giestas em flor
dos arcanjos em núpcias
e do desejo
que me entrelaçava
à dança dos nenúfares
sempre que me dizias:
‘Meu amor.’
Sei do odor a vodka e sexo
no espelho do quarto,
do derradeiro abraço,
nunca por nós desenhado Continuar a ler
Embriaga-me no frenesim
do teu corpo
e não me deixes regressar
ao porto de abrigo
ainda que gritem
ventos de leste ou de nordeste.
Sou águia mutilada.
Deixa que sussurrem Continuar a ler
Pó de Perlimpimpim
Sou como a mais miserável,
por tantos amada
por mais outros tantos escorraçada!
Sou a que poucos amou, sendo forçada,
a alvorada queimando a escada
o estilhaço da granada que te apunhalou na garganta,
amordaçando tua boca de beijos.
Sou essa gaivota que grita e nada se agita!
O céu profundo que escurece nas pernas das moiras Continuar a ler